CBRE aponta para um novo contexto de tomada de decisão no que respeita a localização das empresas
A disrupção causada pela pandemia de Covid-19 mudou as expectativas das empresas e dos colaboradores no que respeita as melhores formas de trabalhar, influenciando a tomada de decisão das empresas relativamente à localização dos seus escritórios. As decisões de localização precisam agora de estar totalmente interligadas com a proposta de valor que as empresas querem oferecer aos seus colaboradores, bem como as aptidões e perfis das funções que estes desempenham. Num comentário recente sobre as tendências futuras do trabalho - “Future Working Trends” - a consultora imobiliária CBRE traça sete recomendações para abordar as decisões de localização neste novo contexto.
1. Reconhecer as diferenças entre colaboradores, incluindo reações diversas à pandemia e expetativas relativamente ao futuro
As estratégias de localização das empresas implicam decisões complexas, envolvendo diversos fatores quantitativos e subjetivos – nenhuma localização pontua o máximo em todos os critérios de seleção. Quase sempre a decisão final envolve um conjunto complexo de escolhas, mas acima de tudo, deve ser consistente com os objetivos definidos pela empresa.
2. Focar em unidades de negócio e funções
As empresas têm de considerar as funções desempenhadas pelos colaboradores, como estas se distribuem entre os seus diversos escritórios e como interagem umas com as outras, com clientes e outros stakeholders.
3. Reconhecer como a marca e a cultura poderão ter mudado durante a pandemia, tanto para os atuais colaboradores como para os potenciais
Enquanto é provável que os atuais colaboradores já esperassem determinadas respostas por parte da liderança da empresa, é importante considerar as implicações de tais medidas na atração de talento.
4. Considerar alterações nos padrões de deslocação casa-escritório
Uma redução das visitas ao escritório poderá significar que alguns empregados foram viver para mais longe do escritório. Este é um resultado do aumento do preço das casas e outras métricas de seleção da localização da habitação. Nem todos os colaboradores vão pensar o mesmo. Este fenómeno é mais provável em colaboradores que que se encontram numa fase da vida onde mais espaço e tempo em casa é importante.
5. Manter o objetivo de proximidade física quando se contrata remotamente
Uma das principais vantagens da contratação remota é captar colaboradores que antes não seriam acessíveis, em localizações onde o estabelecimento de um novo escritório seria inviável, demasiado remoto, ou onde a atração de talento era mais desafiante. Algumas empresas que estão a contratar remotamente procuram selecionar trabalhadores numa determinada área, de forma a que estes mantenham uma interligação.
6. Definir novas medidas de produtividade
As empresas têm de começar a medir a produtividade no escritório. As medidas tradicionais estão muito focadas no custo ou em medidas de satisfação ou desmotivação dos colaboradores. Nenhuma é verdadeiramente eficaz. As empresas terão de desenvolver processos nas diversas funções e definir novas medidas de avaliação da produtividade, nomeadamente para comparar o trabalho realizado em casa com o que é feito no escritório.
7. Olhar antes de agir
Antes da pandemia, já muitas empresas tinham investido na criação de espaços mais atrativos e funcionais, e isso agora é tão ou mais importante. É imprescindível olhar antes de agir pois decisões precipitadas podem sair caras.
Saiba mais em: www.cbre.pt/en/research-and-reports/EMEA-Future-Working-Location-Trends-September-2021